As pesquisas antes e depois

Como parte do projeto CUREMA, uma das ferramentas usadas para avaliar a intervenção são as pesquisas de corte transversal (conhecidas como ORPAL 3 e 4, por analogia com as pesquisas antes e depois do projeto Malakit) realizadas antes e depois da intervenção.

Essas pesquisas são realizadas em um período de três meses nas costas do rio Maroni, no lado do Suriname, e do rio Oyapock, no lado do Brasil, nas mesmas localidades da intervenção da CUREMA.
Em cada rio, a pesquisa é realizada por uma equipe de três pessoas: um médico, um enfermeiro e um facilitador. A cada semana, a equipe viaja para os locais de inclusão para realizar um questionário eletrônico em um tablet, com duração de uns 40 minutos, bem como uma amostragem biológica e um exame médico.
Com base no modelo das pesquisas ORPAL1 e 2 realizadas em 2015 e 2019 para avaliar o projeto Malakit, essas pesquisas são usadas para avaliar a intervenção da CUREMA.
Seu objetivo é gerar os principais critérios para julgar a eficácia da intervenção da CUREMA, estimando a prevalência da malária na população estudada, de forma comparativa antes e depois da intervenção. A prevalência de todas as espécies será medida por PCR ultrassensível em amostras de sangue venoso, em colaboração com o Laboratório de Parasitologia do Institut Pasteur de la Guyane.

As pesquisas da ORPAL também são usadas para atender aos objetivos secundários do projeto CUREMA, em particular:
– descrever e comparar tendências na prevalência da malária por espécie;
– descrever e comparar tendências na soroprevalência de P. vivax, usando o método descrito por Longley et al.
– estimar a proporção da população estudada que teve acesso à intervenção
– continuar a avaliar o controle dos episódios de malária na população do estudo e, em particular, o uso do Malakit
– estudar a saúde geral da população do estudo

Para participar, as pessoas devem ter 18 anos ou mais e ter estado em um garimpo na Guiana Francesa por menos de 7 dias.

Essas pesquisas fornecem informações valiosas para a avaliação do projeto CUREMA, bem como informações sobre mudanças na situação de saúde das pessoas que trabalham em garimpos na Guiana Francesa.