Após muitas reuniões frutíferas com as autoridades de saúde e as partes interessadas locais, a estratégia Malakit foi implantada na Guiana Francesa desde julho de 2024!

Assim, a estratégia Malakit foi integrada como uma das ferramentas de combate da malária no Programa de Eliminação da Malária regional.

Quem está envolvido?

As atividades são possíveis graças aos esforços colaborativos de várias partes locais, incluindo a Cruz Vermelha Francesa e os Centros de Prevenção e Atendimento Locais.

A equipe Malakit-Curema, afiliada ao Centro de Investigação Clínica da Guiana Francesa e das Índias Ocidentais Francesas, está coordenando uma fase de transição com o objetivo de apoiar os participantes operacionais – a Cruz Vermelha Francesa e os Centros de Prevenção e Atendimento Locais – na transferência de habilidades e na garantia da sustentabilidade da intervenção.

O que é implementado?

A estratégia implementada mantém uma fidelidade ao projeto de pesquisa inicialmente concebido: a publico-alvo, as ferramentas de informação, educação e comunicação e os kits permanecem inalterados

Os beneficiários da ação são indivíduos:

  • ≥ 18 anos de idade,
  • envolvidos em atividades relacionadas ao garimpo longe do sistema de saúde
  • não apresentar sintomas de malária no momento da inclusão no programa,
  • capazes de acompanhar uma sessão de treinamento de 30 minutos que envolve um autoteste

Os malakits são distribuídos por equipes móveis de língua portuguesa, capacitados a realizar atividades de educação em saúde e treinar os beneficiários no uso do dispositivo malakit antes da distribuição.

Quais são as adaptações?

Para permitir que essa estratégia seja implantada como uma iniciativa de saúde pública na Guiana Francesa, foram feitas várias adaptações na estratégia para alinhá-la às regulamentações francesas e com a organização que não é de pesquisa.

Por exemplo:

  • As equipes EMIP e EMIPaL são formadas por pares de enfermeiros e facilitadores de saúde:
    • O facilitador de saúde é responsável por realizar a atividade de educação em saúde e treinar o participante no uso do malakit.
    • O enfermeiro verifica se não há contraindicações para os tratamentos contidos no kit, faz a ligação com o sistema de saúde no caso de um paciente sintomático ou de um teste de diagnóstico rápido (TDR) positivo e entrega o kit sob prescrição médica como parte da delegação de tarefas.
  • Um questionário simplificado, a ser preenchido em um tablet, é usado para coletar dados e monitorar os indicadores de intervenção.

Onde?

Equipes móveis de intervenção contra a malária realizam missões em bases logísticas de garimpeiros em diferentes ocorrências, seguindo o fluxo dessa população na área. O objetivo é atingir o maior número possível de beneficiários.

A distribuição intra-hospitalar está sendo testada atualmente, para permitir que a população-alvo receba malakits antes de deixar o hospital e partir para locais isolados.

O mapa abaixo mostra os locais de distribuição atuais, mas é considerado em evolução.

Nosso objetivo final:

Contribuir para o conjunto de estratégias internacionais que podem ser mobilizadas para o controle e a eliminação da malária em populações isoladas, móveis e clandestinas, freqüentemente sujeitas à malária residual, o que representa um verdadeiro desafio para os atores envolvidos na luta contra a malária em muitos países do mundo.